Nas espécies com sistemas XY e X0 de determinação do sexo, durante a meiose de uma célula feminina XX é originado um único tipo de gameta que é portador de um conjunto de autossomos e um cromossomo sexual X. Porém, na meiose de uma célula masculina, são originados dois tipos de espermatozoides: no sistema XY, 50% dos espermatozoides tem cromossomo X e 50% tem cromossomo Y, enquanto que no sistema X0, 50% tem cromossomo X e 50% não tem cromossomo sexual.
Nesses sistemas, as fêmeas formam apenas um tipo de gameta em relação ao cromossomo sexual (X ou 0) e por isso é chamado de sexo homogamético. Já nos machos, podem ser formados dois tipos de gametas, X ou Y, e por isso é chamado de sexo heterogamético.
Atenção: para uma maior compreensão desse tema, recomendo a leitura do post Sistema de determinação do sexo: XY, X0 e ZW.
Tanto no sistema XY quanto no X0, é sempre o sexo masculino que determina o sexo da prole. O gameta masculino que tem um cromossomo X, ao fecundar um óvulo (que sempre vai portar cromossomos X), origina um zigoto XX, que se desenvolve como fêmea. O gameta masculino portador de um cromossomo Y ao fecundar com um gameta feminino, vai originar um zigoto XY que se desenvolve como macho. Já no sistema X0, o espermatozoide sem cromossomo sexual (“0”) ao fecundar um gameta feminino, origina um zigoto X0, que se desenvolve como macho.
No sistema ZW, o sexo heterogamético é sempre o feminino, e, sempre serão as fêmeas quem determinarão o sexo da prole. Um óvulo portador do cromossomo sexual Z, ao ser fecundado por um espermatozoide (que sempre será portador de um cromossomo Z), origina um zigoto ZZ, que se desenvolve como macho. Um óvulo portador do cromossomo W ao ser fecundado por um espermatozoide (Z) originará um zigoto ZW, que se desenvolve como fêmea.