Faz um tempo que cientistas tentam saber se as áreas marinhas protegidas, onde os tubarões e suas presas estão fora dos limites para os pescadores, são de fato o lar de mais tubarões do que zonas não protegidas do oceano.
O problema em responder essa questão é que é difícil monitorar um ambiente onde os seres humanos podem passar pouco tempo.
Mas pesquisadores americanos resolveram o problema criando 200 “câmeras iscas” subaquáticas, para contar os tubarões cabeça de cesto, que são tubarões de recife do Caribe (Carcharhinus perezi), dentro e fora de reservas marinhas no mar do Caribe.
Os tubarões, atraídos pelo cheiro da isca, nadavam até as câmeras, o que permitia que a equipe de pesquisa registrasse, contasse e comparasse as populações de tubarões em duas reservas marinhas contra duas áreas onde a pesca é permitida.
Resultado: dentro de áreas protegidas, os tubarões foram capturados em filme quase quatro vezes mais do que fora dessas áreas.
“Embora saibamos que peixes de recife relativamente sedentários e lagostas se beneficiam de reservas marinhas, este estudo apresenta agora uma prova visual de que animais grandes, como tubarões ativos, também são dramaticamente mais abundantes dentro dessas áreas protegidas”, disse Mark Bond, principal autor do estudo.
Tubarões cabeça de cesto estão listados como “quase ameaçados” pela União Internacional para a Conservação da Natureza, um órgão independente que avalia o estado de conservação de espécies em todo o mundo. Seus números são decrescentes devido à pesca intensa, de acordo com os pesquisadores.
Nós já noticiamos aqui que as populações de tubarões de várias espécies por todo o mundo estão diminuindo drasticamente nas últimas décadas por causa do lucrativo comércio de suas barbatanas, principalmente para a sopa afrodisíaca de barbatana de tubarão no oriente.
Especialistas reforçam a necessidade de preservar nossas espécies de tubarão, já que eles são fundamentais ao equilíbrio ecológico do oceano.[MSN]