Quase todas as sociedades têm uma explicação diferente sobre o surgimento das espécies, sejam elas explicações de origem mística ou religiosa. As religiões abraâmicas, por exemplo, acreditam que um deus criou tudo do nada, inclusive as espécies, e estas se mantêm imutáveis durante todo o período de tempo. Essa ideia é chamada de criacionismo ou fixismo.
Porém, desde o surgimento da ciência no século XVIII, muitos cientistas vêm conseguindo reunir provas e indícios para explicar a origem das espécies e suas diversificações. Alguns cientistas propuseram ideias – algumas nem tão plausíveis assim, como as de Lamarck, e outras que continuam quase tão intactas que só foram complementadas com o conhecimento da Genética, como as de Russel Wallace e Charles Darwin, propondo a Teoria da Evolução que conhecemos hoje.
Criacionismo/Fixismo (não são teorias científicas)
Para os fieis da doutrina criacionista (escrita no livro do Gênesis), todas as espécies continuam iguais desde que Deus as criou. Essa ideologia propõe que as espécies de hoje continuam com as mesmas características e são imutáveis desde o momento de sua criação.
No fixismo, essa ideia não é muito divergente, aqui as espécies ainda continuam inalteráveis. No entanto, ele se contrasta com o criacionismo quando diz que as espécies e os indivíduos têm uma origem não biológica, ou seja, as espécies surgem a partir da matéria inanimada. Essa ideia é conhecida como Teoria da Geração Espontânea e já foi derrubada há muito tempo. Seu maior defensor foi Aristóteles.
Um exemplo bem conhecido do fixismo é de que alguns répteis e anfíbios surgiram a partir do lodo e do barro de rios e lagos, e não a partir da reprodução.
Mas atenção, o criacionismo e o fixismo não são teorias científicas, apenas as citamos aqui para que você possa entender as ideias principais acerca dos pensame
Lamarckismo
Lamarck foi um biólogo naturalista que propôs uma teoria para explicar a diversidade dos seres vivos e como eles “surgiam”.
Ele acreditava que quanto mais um indivíduo usava uma parte ou um órgão do seu organismo, mais este se desenvolvia; e quanto menos ele usasse menos importância teria até se atrofiar ouenfraquecer até sumir completamente. Ele determinou essa ideia como Lei do Uso e Desuso. Essas partes ou órgãos que se desenvolviam ou enfraqueciam poderiam ser repassados adiante. Ele denominou Lei das Características Adquiridas.
Hoje se sabe que graças à Genética, isto não é possível de acontecer, pois, é sabido que alterações feitas nas células somáticas não são transmitidas à descendência.
Darwinismo
No seu livro A Origem das Espécies, Charles Darwin deu origem a uma nova hipótese para explicar o surgimento das espécies e sua diversidade na biosfera. Essa teoria ficou conhecida como Darwinismo, e baseava-se em – resumidamente, quatro argumentos:
Nem todos os indivíduos de uma espécie são iguais. Pode haver variações entre eles, por exemplo, alguns podem apresentar uma maior adaptação ao meio onde vivem, outros menos.
As populações crescem numa progressão geométrica, enquanto os alimentos, numa progressão aritmética.
Darwin observou que havia esta desarmonia entre crescimento da população versus a quantidade de alimento disponível. Essa desproporção faz com que os indivíduos empenhem-se numa luta pela existência.
Essa luta pela vida (indivíduo versus ambiente) e as variações entre as criaturas de uma mesma espécie, selecionam os mais aptos à sobrevivência, e esses vivem; enquanto os menos adaptados são extintos. Essa consequência lógica é chamada de seleção natural.
A teoria moderna da Evolução
Muito conhecida também como Neodarwinismo, essa teoria evolucionista consiste basicamente nas ideias de Charles Darwin acrescentadas ao conhecimento da Genética (descoberta por Gregor Mendel).
O mutacionismo é o maior fator de variação dentro da espécie, ocorrendo estes ao acaso, ou seja, não existe procura intencional para evoluir (como supôs Lamarck). As mutações podem ser gênicas, quando fazem alterações nos genes, ou podem ser cromossômicas, quando fazem alterações em pedaços inteiros de cromossomos. Um exemplo de mutação cromossômica é a Síndrome de Down.
O isolamento também age como fonte de variabilidade genética de uma população, por exemplo, quando animais de uma mesma espécie se dividem por algum motivo e ficam distantes uns dos outros por um longo período de tempo, a reprodução e o cruzamento entre eles é muito rara e faz com que as duas populações evoluam separadamente, sendo assim, interrompem a troca de genes.
Este post foi escrito por Josenildo Vasconcelos, estudante de biologia pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.
