InícioAnimais & PlantasJavaporcos e Javalis são caçados em todo país para proteção á biodiversidade

Javaporcos e Javalis são caçados em todo país para proteção á biodiversidade

Javaporco ou porco-monteiro como é conhecido no Pantanal
O Ibama autorizou essa semana o abate de Javaporcos (cruza do javali com porco doméstico) e javalis, pois ambas são espécies introduzidas no país e estão causando muito prejuízo aos produtores rurais, sem contar que eles são uma grande ameça também à fauna endêmica do Brasil. Se não fossem, porque seriam abatidos?

Muitos acham que não é certo matar estes animais, porém, como são espécies invasoras, agressivas e ainda vivem em bandos, podem oferecer riscos à diversas espécies de animais brasileiros. Além de alimentarem-se de vegetais, raízes, frutos e caules, são potenciais predadores de pequenos mamíferos como tatús, pequenos roedores, e répteis como lagartos e pequenas serpentes. Imagine o que um bando com muitos indivíduos pode fazer. Por onde eles passam a fauna local se distancia e os danos são grandes ao ecossistema. É também importante salientar que estes animais aqui não possuem predadores naturais. Por isso eu também concordo com o abate destes animais invasores.
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A outra parte ruim desta história é que devido aos danos que estes animais causam por todo o país, os porcos-do-mato como o queixada e cateto, que são muito menores, são muitas vezes confundidos com os javalis ou javaporcos devido à semelhança, sendo caçados e mortos. Claro que os queixadas e catetos também causam danos às plantações, porém se comparado ao tamanho dos danos causados dos javalis e javaporcos, veremos que eles não causam tantos danos assim.
Para conter o crescimento populacional, o Ibama autorizou o abate destes animais exóticos em todo o território nacional, mas os produtores rurais devem obedecer algumas normas antes da caça.Clique aqui para mais informações.
O javaporco abatido não pode ser transportado de um lugar para outro, a carne do animal também não deve ser consumida, nem comercializada. “Não é uma caça, é um controle populacional”, explica Eliseo Ribeiro, chefe do escritório do Ibama de Assis.
De acordo com o Ibama, cerca de 1,8 mil produtores já fizeram o cadastro em todo o país.

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Guellity Marcel
Guellity Marcel
Biólogo, mestre em ecologia e conservação, blogger e comunicador científico, amante da vida selvagem com grande interesse pelo empreendedorismo e soluções de problemas socioambientais.
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