Centenas de animais marinhos são fluorescentes graças à moléculas naturais que reemitem luz absorvida em um comprimento de onda diferente. Entre as mais brilhantes destas moléculas, estão as proteínas fluorescentes verdes (Green Fluorescent Proteins – GFPs).
Algumas espécies usam a luz das GFPs para criar um melhor ambiente para as algas simbióticas que vivem dentro deles. Outros, usam a fluorescência e alteram as cores da luz que emitem ativamente por bioluminescência, que pode servir como um alarme, chamando a atenção dos predadores nas proximidades.
Agora, um novo estudo descobriu que as GFPs também podem ajudar alguns animais a atrair presas. Os pesquisadores observaram isso ao estudar a água-viva Olindias formosus. Esta água-viva vive no Pacífico ocidental e captura pequenas presas com seus tentáculos urticantes – cada um dos quais tem uma faixa fluorescente verde perto da ponta. Usando um tanque particionado, os pesquisadores registraram o interesse dos jovens bodião sob uma variedade de luzes da água-viva Olindias formosus e um sósia dessa espécie, que não apresentava fluorescência.
Os peixes foram significativamente mais atraídos para os tentáculos da água-viva em condições de iluminação azul – como encontrados no ambiente natural da água-viva, em que a fluorescência pode ser vista acima da luz de fundo. a equipe informou em 31 de julho em Biology Open. Em uma experiência separada, peixes apresentaram estímulos visuais semelhantes quando os pesquisadores usaram um ponteiro laser verde para imitar a fluorescência da água-viva, confirmando essa forte atração.
Os pesquisadores sugerem que os animais podem confundir estes sinais fluorescentes com os de clorofila, um pigmento que as plantas e algas usam para transformar luz em energia química através da fotossíntese. Herbívoros podem confundir a fluorescência com a clorofila nas algas que comem; da mesma forma, carnívoros podem pensar que eles têm encontrado um herbívoro com clorofila em seu intestino. Depois destes ensaios, os pesquisadores também descobriram evidências para iscas fluorescentes semelhantes em uma série de outras criaturas marinhas, incluindo alguns peixes siphonophora e um camarão mantis.
