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Sistema respiratório: anatomia e funções

O sistema respiratório humano é composto por um par complexo de pulmões, onde ocorrem as trocas gasosas, e vias respiratórias, por onde o ar respirado e expirado flui. 
DA NARINA À LARINGE
As narinas são as aberturas do nariz por onde o ar começa a fluir em direção aos pulmões. Elas se conectam com a cavidade nasal, uma abertura dividida por uma parede cartilaginosa em duas partes iguais e paralelas, sendo revestida internamente pela mucosa nasal. A mucosa nasal possui muitos vasos sanguíneos e várias dobras que auxiliam na movimentação do ar. Na mucosa nasal existem várias células produtoras de muco, uma substância que retém poeira, bactérias e outras impurezas, além de umedecer o ar. Através das movimentações do ar pelas dobras da mucosa e o contato com o muco, o ar é umedecido e aquecido antes de chegar nos pulmões. Por esta razão, é de suma importância respirarmos pelo nariz e não pela boca!
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Na cavidade nasal, o epitélio olfativo é responsável pela detecção de odores das substâncias presentes no ar. Das narinas, o ar inspirado passa pela faringe, partilhada pelo sistema digestório, e segue para a laringe, composta por um tubo muscular com estruturas de cartilagem deixando-a aberta constantemente. Outra cartilagem próxima, a epiglote, atua como uma válvula impedindo que alimentos penetrem na via respiratória. Quando esse mecanismo falha, como reflexo as tosses são originadas na tentativa de expulsar o que entrou. A laringe é revestida internamente por pregas vocais, que vibram de acordo com a passagem de ar, produzindo sons.
DA TRAQUEIA AOS PULMÕES
Após a laringe, o ar segue para a traqueia, um tubo de tecido muscular que permanece aberto devido à existência de anéis de cartilagem dispostos ao longo de sua parede. Que fica localizada na região anterior do pescoço. Na região superior do peito, a traqueia se ramifica em dois tubos, os brônquios, que também possuem paredes reforçadas de cartilagem.

Traqueia: Ep: epitélio, TC: Tecido Conjuntivo, C: condrócitos, Ms: matriz, P:pericôndrio.

Cada brônquio entra em um pulmão e então se ramifica milhões de vezes, originando os incontáveis bronquíolos, que constituem a árvore respiratória dos pulmões e não são reforçados por cartilagem. A traqueia e os brônquios são também revestidos por um epitélio ciliado e células produtoras de muco. O movimento do ar faz com que o muco seja levado até a região da faringe, e posteriormente é deglutido. Isso aumenta a proteção dos pulmões contra impurezas presentes no ar. E claro, o muco também garante a funcionalidade dos pulmões, porque mantém a árvore respiratória úmida, propiciando condições ideais para a realização das trocas gasosas.

OS PULMÕES
Os pulmões são órgãos de consistência esponjosa situados no interior da caixa torácica, protegidos pelas costelas, sendo revestidos pela pleura, que é composta por duas camadas de células justapostas, onde a mais interna se adere à superfície pulmonar e a mais externa à parede interna da caixa torácica. Entre as membranas pleurais existe um fluído que funciona como um ‘lubrificante’, evitando o atrito entre estas durante os movimentos respiratórios. O pulmão direito, o maior, tem três lobos, e, o esquerdo tem apenas dois, devido ao fato de se localizar próximo ao coração.

Os bronquíolos possuem anéis de fibras musculares lisas que se movimentam alterando o calibre desses tubos, controlando a passagem de ar para os pulmões. Na extremidade de cada bronquíolo existe um grupo de alvéolos, uma estrutura microscópica que lembra um cacho de uvas. Os alvéolos são pequenos ‘sacos de ar’ compostos por uma fina camada de células achatadas, por onde ocorrem as trocas gasosas. Cada pulmão tem cerca de 150 milhões de alvéolos associados à milhões de capilares sanguíneos, que possuem paredes finíssimas. As trocas gasosas, que recebem o nome de hematose, é favorecido devido a proximidade entre o ar nos alvéolos e o sangue nos capilares sanguíneos, separados apenas por duas finas barreiras, o epitélio alveolar e epitélio de revestimento do capilar sanguíneo.

Guellity Marcel
Guellity Marcel
Biólogo, mestre em ecologia e conservação, blogger e comunicador científico, amante da vida selvagem com grande interesse pelo empreendedorismo e soluções de problemas socioambientais.
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