O presente artigo traz uma reflexão acerca do constante crescimento relacionado aos problemas ambientais, associando a temática Educação ambiental e a formação do cidadão e avaliando a real necessidade de uma produção de conhecimento, no que se refere à educação ambiental como um conjunto de valores educativos indispensável na formação do indivíduo, mostrando ainda, que o homem ao mesmo tempo que é o causador dessa degradação, torna-se também o responsável para que a reversão desse quadro aconteça.
O grande desafio de criar um modelo de educação ambiental que seja ao mesmo tempo crítico-reflexivo e inovador é que além de constituir a partir de um ato político, seja voltado para a transformação social.
O direcionamento deverá ser voltado para ação holística, relacionando como foco de estudo: o homem, a natureza e o universo, ressaltando a importância dos recursos naturais, os quais se esgotam, e tendo como principal responsável pela sua degradação o ser humano.
Foto: Centro de Pesquisas de Estudos Ambientais da Universidade de Califórnia, Berkeley.
Partindo do conceito de MDS (Modelo de Desenvolvimento Sustentável), que se refere ao modelo de desenvolvimento que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades, é imprescindível salientar a importância da preservação dos recursos naturais que ora sendo em alguns casos abundantes, são suscetíveis à escassez.
Este conceito nos remete a uma preocupação com o futuro da humanidade, pois na maioria das vezes torna-se insignificante para algumas pessoas quando não se trata de algo que atinja diretamente àqueles do seu convívio. É importante ressaltar que o MDS baseia-se no equilíbrio de três componentes: o Ambiental, o Econômico e o Social. Um elo de valores relacionado à conservação do meio ambiente, sendo de inteira responsabilidade de cada um, a partir do momento em que se têm atitudes conscientes e simples presentes no dia-a-dia.
Esse Modelo de Desenvolvimento Sustentável desencadeou a realização da Conferência de Estocolmo, em junho de 1972, estabelecendo novos compromissos com o meio ambiente por parte dos países envolvidos. E vinte anos após, em 1992, acontecera no Rio de Janeiro, Brasil, a conferência que ficou conhecida como ECO92, na qual foi gerado um documento denominado Agenda 21, que estabelece o compromisso de cada país a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas sócio-ambientais.
A problemática ambiental dá a oportunidade de compreender que novos atores sociais, se mobilizem em favor da preservação, preocupando-se com o desenvolvimento sustentável garantindo, assim, as mudanças sociopolíticas sem comprometer os sistemas ecológicos e sociais que sustentam as comunidades. Dessa forma a participação social em ações que permeiam a problemática ambiental se torna necessária a partir do momento em que o papel do cidadão é valorizado dentro das decisões no que diz respeito a sua comunidade em geral e, principalmente, na sustentabilidade de recursos naturais, que é de grande importância para as populações que retiram o sustento proveniente desses recursos.
Este post foi escrito por
GILMAR SANTANA LIMA (facebook)
Biólogo Sanitarista. Licenciado em Biologia – Faculdade de Tecnologia e Ciencias Especialista em Saúde Coletiva – Hab. Sanitarista – Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC Mestrando em Saúde Pública – Universidade das Americas