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Baleia Fin (Balaenoptera physalus) – Características e estado de conservação

As baleias-fin, Balaenoptera physalus, são amplamente distribuídas em todos os oceanos do planeta. Esta baleia foi listada como ameaçada através do “Ato das Espécies Ameaçadas” Endangered Species Act (ESA) desde a sua criação em 1973. Embora a maioria das populações foram esgotadas pela caça em meados do século XX, ainda há dezenas de milhares dessas baleias em todo o mundo.
A caça comercial de baleias dessa espécie terminou no Pacífico Norte, em 1976, nos oceanos do sul em 1976-1977, e no Atlântico Norte em 1987. Porém, elas ainda são caçadas na Groenlândia e sujeitas limites de captura sob esquema de caça para subsistência de aborígenes regulamentada pela Comissão Baleeira Internacional.
Apesar de estimativas confiáveis ​​e recentes da abundância de baleias-fin em maior porções no Oceano Atlântico Norte, este não é o caso na maior parte do Oceano Pacífico Norte nem para os oceanos do sul. Além disso, o status das populações nestas bacias oceânicas, expressos em termos de tamanho atual da população em relação ao inicial (pré-baleeira ou capacidade de carga) é incerto.
Requisitos de habitat e fatores limitantes
As populações no Atlântico Norte, Pacífico Norte e do Hemisfério Sul foram legalmente protegidaos da caça comercial durante os últimos vinte anos ou mais, e essa proteção continua. O Japão começou a matar baleias no seu programa de caça científica (10 mortos em 2005-2006, na Antártida).
O número de baleias mortas neste programa tem aumentado constantemente. Embora a principal ameaça direta às baleias-fin ter sido a cala, abordada pela Comissão Baleeira Internacional, várias ameaças potenciais permanecem. Entre as atuais ameaças potenciais estão as colisões com embarcações, emaranhamento em redes de pesca, redução de abundância de presas devido à sobrepesca, degradação do habitat, perturbação do ruído de baixa frequência e a possibilidade de que a caça ilegal ou retomada  da caça legal causará mudanças em taxas biologicamente insustentáveis.
Apesar dos possíveis efeitos da poluição no ambiente marinho em baleias continuarem a ser mal compreendidos, evidências publicadas indica que a barbatana de algumas baleias contém a maioria dos contaminantes que existem no oceano (por exemplo, organoclorados e metais pesados​​). 
Cardumes de peixes constituem uma grande parte da dieta da baleia-fin em muitas áreas do Atlântico Norte. Sabendo que as populações de peixes estão ameaçadas constantemente, seja por operações de pesca, deterioração ambiental, ou processos naturais, estes fatores afetam fortemente o tamanho e a distribuição das populações de baleias fin.
Estratégia de Recuperação
Desde 2006, o Office of Protected Resources National Marine Fisheries Service vem trabalhando em um projeto para proteção das baleias-fin, através de um plano específico que contém as soluções para os problemas que a espécie vem enfrentando. Este plano identifica as medidas que precisam ser tomadas para proteger, promover e monitorar a recuperação das populações de baleias-fin no Atlântico Norte, Pacífico Norte, e oceanos do sul. Os elementos-chave do programa de recuperação proposto para esta espécie são: 1) regulamentação internacional contínua e eficaz da caça à baleia, 2) identificar e minimizar danos e mortalidades causadas pelo homem, 3) determinar a estrutura populacional e singularidade, e 4) estimar o tamanho da população e acompanhamento da evolução da abundância.
O vídeo abaixo mostra um pesquisador mergulhando ao lado desta baleia:

Este outro vídeo mostra a baleia fin na Grécia, um local em que ela é vista muito raramente:

Atualmente as atenções para a preservação das baleias estão cada vez maiores, existem vários projetos de proteção à estes mamíferos marinhos, porém, a degradação ambiental sempre continuará acontecendo, os barcos e navios continuarão derramando combustível no oceano, as petrolíferas continuarão poluindo também, o esgoto urbano continuará chegando ao mar, até que um dia, infelizmente vários problemas drásticos ocorrerão ainda mais. Espero que nunca aconteça, mas do jeito que estamos cuidando do planeta, estes eventos só tendem a se anteciparem cada vez mais. Ainda bem que existem nós biólogos, os “loucos”, que dão a vida para proteger a natureza.
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Guellity Marcel
Guellity Marcel
Biólogo, mestre em ecologia e conservação, blogger e comunicador científico, amante da vida selvagem com grande interesse pelo empreendedorismo e soluções de problemas socioambientais.
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