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Composição e história natural das serpentes de Cerrado de Itirapina, São Paulo, sudeste do Brasil – #Artigo

Biota Neotrop., vol. 8, no. 2, Abr./Jun. 2008
Título: Composição e história natural das serpentes de Cerrado de Itirapina, São Paulo, sudeste do Brasil

Ricardo Jannini Sawaya(1,2,4), Otavio Augusto Vuolo Marques(2) & Marcio Martins(3)
1 Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Departamento de Zoologia e Museu de História Natural,  Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, CP 6109, CEP 13083-970, Campinas, SP, Brasil
2 Laboratório Especial de Ecologia e Evolução, Instituto Butantan Av. Doutor Vital Brasil, 1500, CEP 05503-900, São Paulo, SP, Brasil
3 Departamento de Ecologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo – USP, Rua do Matão, Travessa 14, nº 321, CEP 05508- 090, São Paulo, SP, Brasil
4 Autor para correspondência: Ricardo Jannini Sawaya, e-mail: sawaya@butantan.gov.br
SAWAYA, R.J., MARQUES, O.A.V. & MARTINS, M. 2008. Composition and natural history of a Cerrado snake assemblage at Itirapina, São Paulo State, southeastern Brazil. Biota Neotrop. 8(2): http://www.biotaneotropica.org.br/v8n2/en/abstract?inventory+bn01308022008.
Resumo: As taxocenoses de serpentes neotropicais apresentam alta riqueza de espécies e estruturas complexas. O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil e foi incluído entre os 25 hotspots globais de biodiversidade. No sudeste do Brasil, as áreas remanescentes de Cerrado têm sofrido intensa destruição, e atualmente restam menos de 2% da vegetação natural de Cerrado no estado de São Paulo. Praticamente nenhum estudo detalhado sobre serpentes do Cerrado foi realizado nesta região. A região de Itirapina apresenta um dos últimos remanescentes bem preservados de cerrado aberto no estado de São Paulo. Nosso objetivo neste trabalho foi o estudo da história natural e composição das serpentes de Cerrado da região de Itirapina. Nós realizamos uma amostragem de campo extensiva combinando seis métodos de amostragem na Estação Ecológica de Itirapina e áreas alteradas de Cerrado nas proximidades (municípios de Itirapina e Brotas), em 101 viagens durante 43 meses, entre setembro de 1998 e março de 2002, o que correspondeu a 446 dias de amostragem de campo. Também coletamos dados adicionais a partir de espécimes de coleções científicas. Apresentamos dados sobre tamanho, abundância geral, uso do ambiente e substrato, atividade diária e sazonal, dieta, reprodução e defesa. Também comparamos a taxocenose de serpentes de Itirapina com nove taxocenoses de serpentes do Brasil, incluindo a Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado e outras formações abertas. Registramos na região de Itirapina 36 espécies de serpentes entre 755 indivíduos encontrados no campo e seis registros de coleções científicas e literatura, pertencentes a 25 gêneros de cinco famílias. As comparações entre taxocenoses indicam que o Cerrado apresenta uma identidade própria em relação à composição de espécies de serpentes. Apesar de limitada a um pequeno fragmento (cerca de 2.300 ha), a Estação Ecológica de Itirapina apresenta fisionomias conservadas e representativas de Cerrado, que abrigam uma fauna de serpentes rica e típica do Cerrado. A ocorrência de algumas espécies apenas no interior da reserva também indica que a Estação Ecológica de Itirapina é de importância fundamental para a manutenção da biodiversidade do Cerrado.
Palavras-chave: biodiversidade, história natural, Squamata, Serpentes, cerrado, Itirapina, São Paulo, Brasil.

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Guellity Marcel
Guellity Marcel
Biólogo, mestre em ecologia e conservação, blogger e comunicador científico, amante da vida selvagem com grande interesse pelo empreendedorismo e soluções de problemas socioambientais.
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