Recentemente biólogos descobriram um sistema rudimentar em um afídio, o que possivelmente propicia a captura de luz solar e o uso da mesma como fonte de energia.
A biologia dos afídios é bizarra: Eles podem nascer “grávidos” e os machos as vezes nascem sem a boca, morrendo logo após o acasalamento. Somando à lista de bizarrices, um trabalho publicado nesta semana indica que eles aparentemente podem capturar a luz do sol e utilizar a energia disponível para fins metabólicos. Os afídios são únicos entre os animais na habilidade de sintetizar pigmentos carotenóides. Muitas criaturas dependem desses pigmentos para uma variedade de funções, como a manutenção do sistema imunológico saudável e para a produção de algumas vitaminas. Mas todos os outros animais devem obter esses pigmentos através da dieta.
O entomólogo Alain Robichon do Instituto Sophia Agrobiotech (Sophia, Antipolis, França) e seus colegas, sugerem que, nos afídios, esses pigmentos também podem absorver a energia do sol e transferir para a maquinaria celular envolvida na produção de energia. Embora sem precedentes nos animais, essa capacidade é comum em outros reinos. Plantas e algas, assim como certos fungos e bactérias, também podem sintetizar carotenóides, e em todos esses organismos os pigmentos são parte da maquinaria da fotossíntese.
Coletores auto-produzidos
Falando da deixa da descoberta de 2010, de que os altos níveis de carotenóides encontrados em afídios são produzidos pelos próprios afídios, Robichon e seu time decidiram investigar o motivo para tamanha produção de carotenóides, substâncias metabolicamente muito custosas. Os carotenóides são responsáveis pela pigmentação em afídios, e a cor desses insetos determina o tipo de predadores que os podem enxergar.
A pigmentação corporal do afídeo do laboratório de Robichon é afetada pelas condições ambientais, com o frio favorecendo afídios verdes, condições ideiais levando ao laranja e os brancos aparecendo quando a população é grande e enfrenta escassez de recursos.

O modo como as moléculas de caroteno estão arrajadas nos animais, reforça a hipótese. O pigmento forma uma camada, entre 0-40 micrômeros abaixo da cutícula dos insetos, colocando-os na posição perfeita para capturar a luz do sol. Nancy Moran, uma geneticista de insetos, na Universidade de Yale, responsável pela descoberta original de que os afídios possuem genes para a produção de carotenóides, aponta que existem muitas questões sem resposta. “A produção de energia parece ser o menor dos problemas de um afídeo – a dieta deles está carregada de açúcares, cuja maioria eles nem podem utulizar”, diz a pesquisadora. E isso levanta a questão sobre o porquê os afídios precisam fazer fotossíntese. Mas Capovilla especula que uma “bateria” poderia ajudá-los em épocas de estresse ambiental, como quando estão migrando para uma nova planta hospedeira.
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