Ah como é bom ser biólogo! Mesmo não curtindo nenhum pouco a área da genética, biologia molecular e afins, eu admiro muito os estudiosos que se dispõem a procurar a cura de várias doenças, e fazem disso um motivo para cada dia, estudarem mais e mais. Realmente são pessoas que merecem o reconhecimento de todos nós, pois sem o interesse deles, pouco teríamos em avanços medicinais.
Uma pesquisa recente descobriu um composto produzido a partir de óleo de peixe que parece alvejar células-tronco da leucemia, o que poderia levar a uma cura da doença.
O composto – delta-12 protaglandina-J3, ou D12-PGJ3 – atacou e matou as células-tronco da leucemia mielóide crônica em camundongos. Ele foi produzido a partir do ácido eicosapentaenoico, um ácido graxo Omega-3 encontrado nos peixes e no óleo de peixe.
“Pesquisa anteriores mostraram benefícios de saúde dos ácidos graxos sobre o sistema cardiovascular e o desenvolvimento do cérebro, particularmente em crianças, mas nós mostramos que alguns metabólitos do Omega-3 tem a habilidade de matar seletivamente as células da leucemia”, disse o cientista Sandeep Prabhu. “Os ratos se curaram completamente da leucemia, sem recaídas”.
Os pesquisadores disseram que o composto mata as células-tronco cancerígenas no baço e medula óssea dos ratos.
Especificamente, ele ativa um gene chamado p53 nas células-tronco da leucemia, que programam a morte da própria célula.
“P53 é um gene supressor de tumor que regula a resposta ao dano no DNA e mantém a estabilidade genômica”, disse Prabhu.
Matar as células-tronco da leucemia, o câncer das células brancas do sangue, é importante porque as células-tronco podem se dividir e produzir mais células cancerígenas.
A terapia atual para a doença apenas prolonga a vida do paciente, mantendo o número de células de leucemia baixo, mas as
drogas não conseguem curar completamente a doença, porque não têm como alvo as células-tronco da leucemia. Essas células-tronco podem se esconder do tratamento, e uma pequena população de células-tronco dá origem a mais células de leucemia.
Durante os experimentos, os pesquisadores injetaram em cada camundongo cerca de 600 nanogramas de D12-PGJ3 por dia durante uma semana.
Os testes mostraram que os camundongos ficaram completamente curados da doença. O hemograma saiu normal, e o baço voltou ao tamanho normal. A doença não voltou.
Atualmente, os pesquisadores estão trabalhando para determinar se o composto pode ser usado para tratar a fase terminal da doença, conhecida como crise blástica. Hoje, não há medicamentos disponíveis que podem tratar a doença quando ela avança para esta fase. Eles também estão com um pedido de patente para testar o composto em humanos.[ScienceDaily]
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