InícioAnimais & PlantasA água no solo e a absorção pela raízes

A água no solo e a absorção pela raízes

Para as plantas terrestres, o solo é o reservatório natural de água. De sua disponibilidade dependerá, em grande parte, a sobrevivência do vegetal. O conteúdo de água e sua taxa de movimento dependem em grande parte do tipo e da estrutura do solo. A água está presente no solo sob diferentes formas:

– Uma pequena fração está quimicamente ligada às partículas do solo, formando uma película líquida que é a ÁGUA HIGROSCÓPICA, inclusive não utilizada pela planta.

– Constituindo a fração líquida do solo ou a solução do solo está a ÁGUA CAPILAR, de extrema importância por representar a fonte hídrica direta para a planta, retida nos espaços pequenos.
– Uma fração de água também pode ocupar os espaços maiores entre as partículas do solo antes de ser drenada por gravidade; é a ÁGUA GRAVITACIONAL. Normalmente a sua permanência no solo é curta, variando entre 2 e 3 dias. 
Capacidade de campo – conteúdo de água de um solo após ter sido saturado e o excesso de água ter sido drenado. É a capacidade que tem o solo de manter a umidade.
Para que as plantas consigam absorver água do solo, é preciso que os pêlos radiculares apresentem valores de Yh (potencial hídrico) menores que o do solo. O Potencial Hídrico É a disponibilidade de água  (capacidade de trabalho e translocação) de um sistema aquoso. Ou seja, quanto mais negativo for o potencial hídrico do sistema menor a disponibilidade de água nesse sistema. As diferenças entre os potenciais hídricos geram a movimentação da água, onde ela desloca do maior Yh para o menor Yh. A absorção de água será maior, quanto maior a superfície de absorção do sistema radicular.


A água pode atravessar membranas vegetais por difusão de suas moléculas individuais por meio da bicamada lipídica da membrana, nos pelos radiculares podem ser por via apoplástica percorrendo por entre as membranas de cada célula ou por via simplástica atravessando a membrana percorrendo o protoplasto e atravessando novamente a membrana entrando em outra célula (conforme mostrado acima), ou ainda, por fluxo microscópico de massa de moléculas de água através de poros seletivos para a água, formados por proteínas integrais de membranas como as aquaporinas. 
A água muitas vezes pode não ser captada em quantidades adequadas pelas plantas por algumas deficiências naturais do solo ou do próprio vegetal, como listado abaixo:
a. No solo – textura, porosidade, densidade, composição química. Ex. solo arenoso – existe muito espaço entre as partículas do solo, drenando a água, e permanecendo somente água ligada a superfície das partículas. (tem pequena capacidade de campo) solo argiloso – existe pouco espaço entre as partículas, não ocorrendo a drenagem livre da água. (tem grande capacidade de campo) 
b. Na planta – a forma, o tamanho e a distribuição do sistema radicular; 
Folhas- área foliar, posição das folhas à exposição ao sol, espaçamento entre plantas.
c. Na atmosfera – radiação solar (evaporação), vento , umidade relativa do ar, temperatura.
Sendo assim, se não houver nenhum fator que interrompa essa distribuição da água pela planta, podemos dizer que a água absorvida pelas raízes se movimentam assim:

Solo → células epidérmicas (pêlos radiculares) → córtex (camada + externa) → endoderme (camada + interna) → elementos condutores do XILEMA – se estendem da raiz às folhas- por onde a água sobe, conforme a figura acima citada.
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Guellity Marcel
Guellity Marcel
Biólogo, mestre em ecologia e conservação, blogger e comunicador científico, amante da vida selvagem com grande interesse pelo empreendedorismo e soluções de problemas socioambientais.
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