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Projeto Queixada

O Projeto Queixada é desenvolvido pela norte-americana Alexine Keuroghlian, Bióloga Doutora, membro da Ong Internacional WCS – Wildlife Conservation Society (Sociedade de Conservação da Vida Selvagem), no Instituto Ambiental Quinta do Sol, em Taboco, distrito de Corguinho – MS. No projeto, alguns animais recebem colares para serem monitorados. Estes colares são rastreáveis por um Rádio receptor que capta os sinais transmitidos pelos colares em uma área de até 1,5km de circunferência. Atualmente, Jeff, Paulinha, Kris e Lídia são os animais que estão sendo monitorados, ambos fazem parte de bandos diferentes. Os queixadas formam bandos imensos, de 50 a 100 indivíduos, ou até mais, e o objetivo desta pesquisa é identificar as áreas de deslocamento destes animais, analisar quais são os componentes da sua dieta e fazer comparações genéticas de DNA coletado em pelos.

Para a captura destes animais, estão instaladas 6 armadilhas, no qual são sempre sevadas com milho e sal, para que os animais se acostumem a frequentar estas áreas, facilitando a captura posterior. Em cada armadilha, são instaladas as armadilhas de pelos, que são feitas com arame farpado, para que os animais passem e deixem pelos enroscados.

Estes pelos são enviados à USP-SP para que a análise do DNA seja feita. É realmente um trabalho muito complexo que a Bióloga Alexine tem desenvolvido. Eu hoje participo deste projeto, coletando alguns dados, fazendo o rastreamento dos indivíduos pela rádiotelemetria e também fazendo as observações diretas onde vamos atrás do bando. Também colocamos armadilhas fotográficas, no qual será meu TCC.


O principal funcionário deste projeto é o Paulino. Natural do Paraná, Paulino se mudou para o Mato Grosso do Sul a cerca de 20 anos e por aqui ficou. É quase um Biólogo, conhece várias aves, serpentes, lagartos, mamíferos e espécies vegetais, é um guia de campo excelente. Ele trabalha de 10 a 15 dias por mês no projeto quando estamos ausentes, e faz todo o serviço quase sempre em companhia da Bióloga mestre em Botânica, Maria Ducarmo, a Duca, proprietária do Instituto Quinta do Sol.
Foto: Duca e Alexine.

O projeto também possui extensões para o Pantanal no qual está sendo bem desenvolvido também, mas o foco principal é no Instituto, pois existe uma importante parceria com várias fazendas ao redor do Instituto, como a Colorado, Morro Alegre e Espora. É muito importante a conscientização dos proprietários rurais sobre a importância dos queixadas no meio ambiente. Mais importante ainda é o fato de que a maioria dos proprietários na região entorno do projeto impedem a caça e pesca. Ia desenvolver meu Trabalho de Conclusão de Curso – TCC com a Alexine, que era minha orientadora, faria uma análise do horário de alimentação de queixadas e catetos, relacionados à diferentes tipos de frutos, como o Buriti, a Quina-brava e amescla, além de muitos outros, porém não deu certo de continuar lá devido à intensificação das disciplinas e novas matérias no curso, mas, essa experiência foi a melhor da minha vida e graças à Alexine eu pude ter certeza em escolher em qual área vou seguir.

Instalando o colar, com a frequência 540hz na queixada Paulinha. Dia 09/09/2011. Instituto Quinta do Sol.
Guellity Marcel
Guellity Marcel
Biólogo, mestre em ecologia e conservação, blogger e comunicador científico, amante da vida selvagem com grande interesse pelo empreendedorismo e soluções de problemas socioambientais.
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